Meliponicultura: Mel de alta qualidade e benefícios para a biodiversidade

10/02/2013 22:15

 

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A meliponicultura é o nome dado à criação racional de abelhas nativas com ferrão atrofiado. Existem aproximadamente 400 espécies de abelhas nativas, 250 delas encontradas no Brasil e 35 no Paraná. As mais comuns são as chamadas Jataí, Tubuna, Manduri e Mandaçaia, encontradas na Floresta Atlântica e responsáveis por polinizar de 40 a 90% das espécies vegetais desse bioma.

 

Desde 2005, a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) incentiva e apoia a meliponicultura no litoral norte do Paraná como uma atividade que une conservação da natureza e geração de renda. A partir da necessidade de um grupo de meliponicultures de trabalhar de forma organizada para facilitar os processos de produção, beneficiamento e comercialização dos produtos das abelhas nativas, foi fundada, em 2007, a Associação de Criadores de Abelhas Nativas da APA de Guaraquecaba (Acriapa).

Em 2009, além de mel, produtores da Acriapa passaram a produzir e a comercializar a própolis. Em apenas quatro anos, a colheita que era de 30 quilos passou para 115 quilos ao ano, o que representa um crescimento de aproximadamente 400% na produção.

Além da geração de renda para a população local, o mel de abelhas nativas promove benefícios para a saúde por ser um alimento riquíssimo. Em sua composição há minerais como cálcio, cobre, magnésio, fósforo, potássio e zinco, além de vitaminas do complexo B, C e D e vitamina A.

Também utilizado há centenas de anos por índios e caboclos pelo seu poder medicinal, o mel de abelhas nativas é rico em energia e possui substâncias que ajudam no equilíbrio dos processos biológicos.

*Este artigo foi escrito pela equipe da ONG Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS).