Mandaçaia
A Mandaçaia é uma abelha social brasileira, da tribo Meliponini. A espécie mede de 10 mm a 11 mm de comprimento, com cabeça e tórax pretos, abdome com faixas amarelas e asas ferrugíneas. Constrói seus ninhos dentro de cavidades existentes nos troncos ou galhos das árvores. Também é conhecida pelos nomes de amanaçaí, amanaçaia, manaçaia e mandaçaia-grande.
Subespécies
• Melipona quadrifasciata quadrifasciata: possui quatro listras amarelas contínuas no dorso.
• Melipona quadrifasciata anthidioides: possui de três a quatro listras amarelas intermitentes
no dorso. A parte intermitente é preta.
• Melipona quadrifasciata Híbrida: deriva do cruzamento das duas espécies acima. Possui três a quatro listras intermitentes no dorso.
Distribuição geográfica
A Mandaçaia tem sua presença ao longo da costa atlântica, desde o Norte até o Sul do Brasil, sendo que a subespécie quadrifasciata ocupa as regiões de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e a subspécie anthidioides habita as regiões ao Norte, sendo que no Estado de São Paulo podemos encontrar as duas subspécies.
Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul.
Ecologia
São abelhas sociais, que quando em colônias fortes, apresentam o comportamento de voar sobre as pessoas, esbarrando na pele. É uma abelha de fácil manejo, não apresentam célula real. A entrada típica num centro de raias convergentes de barro. Produzem em media 1 kg de mel, podendo chegar a 2 kg em regiões de grandes floradas. Abelha dócil, porém enxames fortes podem até beliscar.
Seus ninhos são encontrados em ocos de árvores, sendo que a entrada possui raias convergentes de barro e o espaço permite que somente uma abelha passe de cada vez.
Os favos de cria são horizontais ou helicoidais e não ocorrem células reais. O invólucro está presente ao redor dos favos e é construído com cerume. Os potes de alimento são ovóides e apresentam de 3 a 4 cm de altura. As colônias apresentam de 300 a 400 abelhas (Lindauer & Kerr, 1960). Nesta espécie, a diferenciação de casta é determinada por fatores genéticos e alimentares e de 12 a 25% das crias originam rainhas. O período completo de desenvolvimento para Melipona é de aproximadamente 38 dias, sendo 5 dias de desenvolvimento embrionário (ovo), 15 dias de estágio larval e 18 dias de estágio pupal.